Sou mais

Do muito mais

Do que imaginais

Sou menos

Do pouco muito

Que restais

Não sou homem

Nem mulher

Nem animais

Não me enquadro

No quadrado

Belo quadro

Dos mortais

Nem pensamento

Nem emoção

Nem sentimento

Nem frio

Nem calor

Nem dor

Nem pulsamento

O que me resta

É o resto do julgamento

Na referência

Que discrimina

A dimensão

Na ilusão

Do espaço-tempo

Não sou ponto

Só uma vírgula

Na confluência

Não me igualo

Na matemática

Da ciência

Nem partícula

Nem onda

Só frequência

Não sou mais

Nem muito menos

Do que PRESENÇA!

Editor of O Convocador
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Onde me manifesto… sou como o entardecer, onde o vento passa ao silêncio da morte e as árvores vibram ao ver passar. Se não me manifesto… no nada tudo serei.