Sou mais
Do muito mais
Do que imaginais
Sou menos
Do pouco muito
Que restais
Não sou homem
Nem mulher
Nem animais
Não me enquadro
No quadrado
Belo quadro
Dos mortais
Nem pensamento
Nem emoção
Nem sentimento
Nem frio
Nem calor
Nem dor
Nem pulsamento
O que me resta
É o resto do julgamento
Na referência
Que discrimina
A dimensão
Na ilusão
Do espaço-tempo
Não sou ponto
Só uma vírgula
Na confluência
Não me igualo
Na matemática
Da ciência
Nem partícula
Nem onda
Só frequência
Não sou mais
Nem muito menos
Do que PRESENÇA!