Além da Mecânica da Vida: Despertando para uma Existência Plena

Jp Santsil
13 min readJun 22, 2023
A Máquina Humana

O homem, ao longo da história, tem demonstrado sua habilidade em inventar máquinas intricadas e complexas. Ele compreende que o uso efetivo dessas máquinas requer anos de estudo e aprendizado. No entanto, quando se trata de si mesmo, ele parece esquecer completamente desse fato, mesmo que seja ele mesmo a máquina mais complicada de todas: a Máquina Humana.

A Máquina Humana não possui liberdade de movimento. Ela funciona unicamente através de múltiplas e variadas influências e estímulos externos. Em questão de segundos, podemos levar essa máquina da alegria à tristeza com uma palavra gentil, tocando seu orgulho e vendo-a sorrir satisfeita. Da mesma forma, uma palavra desagradável pode causar tristeza e desânimo, como se tivéssemos pressionado um botão.

Uma máquina é composta por sistemas, em que cada parte desempenha uma função específica e todos estão interligados. Da mesma forma, a Máquina Humana possui cinco centros que desempenham papéis distintos: o Intelectual, localizado no cérebro; o Motor, situado na parte superior da espinha dorsal; o Emocional, no plexo solar; o Instintivo, na parte inferior da espinha dorsal; e o Sexual, nos órgãos sexuais.

O Centro Intelectual tem a função de processar pensamentos e raciocínios. Suas dualidades opostas são Afirmação e Negação, Tese e Antítese, Sim e Não. Esse centro se desgasta com leituras prolongadas, excesso de pensamentos e ociosidade. Para equilibrá-lo, é recomendado meditar e ler algo útil que possa ser colocado em prática.

O Centro Motor coordena os movimentos e ações físicas. Sua dualidade é Movimento e Repouso. O excesso de movimentos, a inércia e hábitos nocivos e mecânicos podem desgastar esse centro. Para equilibrá-lo, é indicado fazer caminhadas, relaxamento, natação e exercícios balanceados. Muitas pessoas utilizam excessivamente o centro motor, levando-o a falhar. Da mesma forma, o sedentarismo pode atrofiar músculos e causar danos ao organismo.

O Centro Emocional é responsável pelo processamento de sentimentos e emoções. Suas dualidades são Alegria e Tristeza. Emoções negativas, conflitos, sentimentalismos e músicas desarmônicas podem desgastar esse centro. Por outro lado, músicas harmônicas, inspiração, paisagens naturais e a respiração correta contribuem para seu equilíbrio. Alguns indivíduos, após receberem fortes estímulos emocionais repetidamente, deixam de sentir emoções e passam a buscar aventuras cada vez mais perigosas para obter alguma sensação, o que resulta na morte do centro emocional.

O Centro Instintivo, coordena funções vitais como assimilação, digestão e circulação no organismo. Suas dualidades são sensações de Prazer e Dor, experiências agradáveis e desagradáveis que estão relacionadas aos cinco sentidos: visão, audição, tato, olfato e paladar. O excesso em qualquer uma dessas áreas, desequilíbrios alimentares, distúrbios do sono e falta de controle dos impulsos instintivos podem desgastar esse centro. Para equilibrá-lo, é recomendado ter uma alimentação balanceada, descansar adequadamente e realizar exercícios físicos equilibrados, entre outras práticas saudáveis.

O Centro Sexual desempenha um papel fundamental na criação e regeneração. Suas dualidades são Atração e Repulsão. O mau uso desse centro, seja por meio do desequilíbrio dos centros anteriores, abuso sexual ou utilização inadequada das energias criadoras, pode causar desgaste. Para equilibrar o Centro Sexual, é necessário equilibrar os demais centros, praticar exercícios respiratórios e utilizar de forma sábia as energias sexuais. É importante ressaltar que o uso inadequado dos outros centros pode levar ao roubo de energia do Centro Sexual, o que pode causar danos a esses centros, devido à diferença de voltagem energética entre eles.

Além disso, é importante observar que cada centro não deve ser utilizado por mais de duas horas seguidas, pois isso resulta em desgaste e compromete seu funcionamento adequado. Podemos observar que uma pessoa que passa muito tempo pensando e raciocinando sobre um problema pode ter dificuldade em resolvê-lo, enquanto alguém que não tenha utilizado esse centro anteriormente pode resolver o problema com facilidade. Quando um centro está cansado, é recomendado utilizar os outros centros de forma equilibrada. Por exemplo, se alguém estiver emocionalmente abalado, pode utilizar os centros motor e instintivo, realizando uma caminhada vigorosa. Se o cansaço for no centro Pensante, pode-se utilizar os centros emocional e motor, ouvindo música ou caminhando e apreciando a paisagem.

Infelizmente, muitas vezes deixamos que nossos agregados psicológicos controlem essa Máquina Humana, resultando em desgastes que reduzem nosso tempo de vida. Uma vez que o capital vital de um determinado centro é totalmente esgotado, ele deixa de funcionar adequadamente. Por exemplo, há pessoas que perdem a capacidade de movimento devido ao uso excessivo do Centro Motor. Nos manicômios, encontramos diversos indivíduos que, como resultado do uso inadequado do centro Pensante, acabam sofrendo de distúrbios mentais.

Portanto, é urgente que abandonemos a condição de simples máquinas e nos tornemos seres humanos verdadeiros. Isso implica em compreender e equilibrar os diferentes centros da Máquina Humana, reconhecendo suas dualidades e buscando uma harmonia entre eles. Devemos ser conscientes dos estímulos externos que afetam nossa máquina, praticando a meditação, alimentação saudável, exercícios físicos adequados, expressão emocional saudável e uma abordagem equilibrada da nossa sexualidade.

Para nos tornarmos verdadeiros seres humanos, devemos nos dedicar ao autoconhecimento e à busca do equilíbrio interior. Isso implica em desenvolver uma consciência plena de nossos pensamentos, emoções e ações, reconhecendo como cada centro influencia nossa vida e tomando medidas para fortalecer e equilibrar cada um deles.

É essencial que cultivemos práticas que promovam a saúde e o bem-estar de nossa Máquina Humana. Isso inclui cuidar da nossa alimentação, garantindo uma dieta equilibrada e nutritiva que forneça os nutrientes necessários para o bom funcionamento do nosso organismo. Além disso, devemos adotar hábitos de sono adequados, garantindo um descanso reparador que permita a regeneração do nosso corpo e mente.

A prática regular de exercícios físicos é igualmente importante. O movimento consciente e equilibrado, por meio de atividades como caminhadas, natação, ioga ou qualquer outra forma de exercício que se adeque às nossas preferências e capacidades, fortalece o Centro Motor e contribui para a manutenção de um corpo saudável.

Não devemos negligenciar o Centro Emocional, pois as emoções têm um impacto significativo em nosso bem-estar. Buscar um equilíbrio emocional envolve aprender a lidar com os desafios da vida de maneira saudável, cultivar relacionamentos positivos e nutrir nossa mente com estímulos emocionais harmoniosos, como música, arte, natureza e momentos de introspecção e inspiração.

O Centro Intelectual também requer nossa atenção. Devemos alimentar nossa mente com conhecimento significativo e prático, evitando sobrecarregá-la com pensamentos excessivos e ociosidade. A prática da meditação e da leitura de material relevante e útil são formas eficazes de equilibrar esse centro, permitindo que nossos pensamentos fluam de maneira clara e consciente.

Por fim, o Centro Sexual merece uma abordagem consciente e responsável. Reconhecer a importância dessa energia vital é fundamental. É necessário compreender que sua expressão vai além do aspecto físico e envolve a conexão profunda com o outro e a capacidade de criar e regenerar. O manejo sábio das energias sexuais implica em práticas como a respiração consciente, o respeito mútuo e a busca por uma vivência sexual saudável e equilibrada.

Em resumo, a Máquina Humana é complexa e fascinante. Cada um de seus centros desempenha um papel crucial em nossa vida e bem-estar. Ao reconhecermos a importância de cada centro e buscarmos seu equilíbrio, nos capacitamos a transcender a condição de meras máquinas e nos tornarmos seres humanos verdadeiros. É um convite para explorarmos nosso potencial máximo, vivermos com consciência e plenitude, e construirmos uma existência significativa em harmonia com nós mesmos e com o mundo que nos cerca.

Existem dois mundos que permeiam nossa existência: o mundo exterior e o mundo interior. O mundo exterior é percebido pelos nossos sentidos físicos, enquanto o mundo interior só é acessível por meio da auto-observação interna. Em nosso mundo interior, encontramos pensamentos, ideias, emoções, desejos, esperanças, desilusões e muito mais. Embora esses aspectos sejam invisíveis aos sentidos comuns, são mais reais do que os objetos físicos que nos rodeiam.

Assim como há um país com estados e cidades, também existem cidades em nosso mundo interior, áreas mais profundas onde estão agregados psicológicos terríveis, como eus malvados e vilões. Esses aspectos são reflexos do que existe no mundo exterior, seguindo o princípio hermético de que “o que está em cima é como o que está embaixo, e o que está dentro é como o que está fora”.

Se analisarmos o corpo humano, perceberemos que ele é formado por sistemas, que por sua vez são compostos por órgãos, que são formados por células e, por fim, as células são a união de átomos. Da mesma forma, a sociedade é composta por partes menores, com base na pessoa. Muitas vezes, falamos que a sociedade está mal, enfrentando problemas, mas se a sociedade está mal, nós também estamos, pois somos parte integrante dela. A pessoa é a menor unidade da sociedade, e se desejamos ajudar a sociedade, devemos começar por ajudar a nós mesmos, promovendo mudanças internas em nível psicológico, emocional e físico, para que essas mudanças se reflitam externamente e possam contribuir para a transformação da sociedade como um todo. Sabemos que ao mudar um átomo, mudamos uma célula; ao mudar uma célula, mudamos um órgão; ao mudar um órgão, mudamos o organismo humano. Portanto, mudemos a nós mesmos.

As relações humanas podem ser divididas em três aspectos distintos que precisamos compreender claramente. Primeiro, temos a relação com nosso corpo físico, o veículo que nos permite interagir com o mundo físico. Cuidar desse corpo é essencial, e isso envolve ter pensamentos adequados, pois eles influenciam diretamente o funcionamento do organismo. Muitas pessoas sofrem de doenças psicossomáticas devido à influência dos pensamentos inadequados. Além disso, a respiração adequada é fundamental para fornecer oxigênio às células e órgãos, e a alimentação saudável fornece a matéria-prima para a construção e manutenção do corpo.

Em segundo lugar, temos a relação com o mundo exterior, com as questões familiares, negócios, finanças, questões profissionais, política e outros aspectos que fazem parte do nosso contexto social. É importante buscar harmonia nessas relações, desenvolvendo o valor e o sacrifício pelo bem da humanidade, de forma a conviver de maneira equilibrada e contribuir positivamente para a sociedade.

Por último, mas não menos importante, temos a relação consigo mesmo. Infelizmente, muitas pessoas negligenciam essa dimensão de relação e não percebem sua importância. A relação consigo mesmo é fundamental para o desenvolvimento pessoal e a busca pela iluminação interior. É através dessa relação que podemos compreender nossos próprios pensamentos, emoções e comportamentos, identificando e eliminando os defeitos que nos limitam e nos causam sofrimento.

É preciso reconhecer em qual desses três tipos de relações estamos em falta. Talvez estejamos com uma má relação com nosso corpo físico, resultando em doenças e enfermidades. Ou talvez estejamos com uma má relação com o mundo exterior, enfrentando conflitos e problemas em diversas áreas da vida. E, ainda, é possível que estejamos com uma má relação conosco mesmos, sofrendo pela falta de autoconhecimento e sabedoria interior.

Para equilibrar essas relações, devemos aplicar os Três Fatores da Revolução da Consciência. Primeiramente, para equilibrar nossa relação com o corpo físico, precisamos vivenciar o fator do Nascer, que envolve a regeneração e revitalização do corpo físico por meio da formação dos corpos internos. Essa alquimia interior não só fortalece o corpo, mas também é essencial para a Grande Obra da transformação pessoal.

Em seguida, para equilibrar nossa relação com a sociedade, é necessário o sacrifício pela humanidade. Isso implica em conviver harmoniosamente com as outras pessoas, cultivando valores como compaixão, empatia e solidariedade, e contribuindo para o bem-estar coletivo.

Por fim, para equilibrar nossa relação conosco mesmos, precisamos passar pela morte psicológica. Essa morte não é física, mas sim a eliminação dos defeitos psicológicos que nos aprisionam e nos impedem de viver de forma plena. Ao nos desfazermos dos padrões negativos de pensamento, emoções desequilibradas e comportamentos prejudiciais, abrimos espaço para a sabedoria interior e uma vida mais autêntica.

É importante compreender que as mudanças internas que realizamos têm um impacto direto na sociedade como um todo. Existe o chamado “Ginásio Psicológico”, uma série de situações e problemas que as outras pessoas nos apresentam, revelando nossos defeitos psicológicos. Assim como não fugiríamos dos professores que nos ensinam as matérias mais importantes na escola, não devemos fugir das pessoas que nos mostram os aspectos que precisamos eliminar em nosso mundo interior.

O mundo exterior é um reflexo direto do mundo interior. Se enfrentamos problemas econômicos, sociais ou físicos, é um reflexo de nossa condição psicológica. Portanto, ao mudarmos internamente, transformamos também o ambiente ao nosso redor. Ao cultivarmos pensamentos positivos, emoções equilibradas e comportamentos construtivos, estamos beneficiando não apenas a nós mesmos, mas também a sociedade como um todo.

Reconhecer a existência dos mundos exterior e interior é fundamental para nossa jornada de autodescoberta e transformação. Equilibrar nossas relações com o corpo físico, a sociedade e conosco mesmos requer esforço e trabalho interno, mas os resultados são valiosos. Ao cuidar adequadamente do nosso corpo físico, com pensamentos adequados, uma respiração consciente e uma alimentação saudável, fortalecemos nossa saúde e bem-estar.

Ao estabelecer relações harmoniosas com o mundo exterior, cultivando valores como compaixão, respeito e cooperação, podemos contribuir positivamente para a sociedade e promover um ambiente mais saudável e equilibrado.

No entanto, não devemos negligenciar a relação mais profunda e íntima: a relação conosco mesmos. É nessa relação que encontramos a verdadeira transformação e crescimento pessoal. Ao enfrentar nossos medos, reconhecer nossos defeitos e eliminar padrões negativos, abrimos espaço para a luz interior, a sabedoria e a autenticidade.

O caminho da autotransformação requer dedicação e disciplina. É preciso enfrentar os desafios que surgem em nosso caminho, aprender com as situações difíceis e utilizar cada experiência como uma oportunidade de crescimento. Ao vivenciar o Ginásio Psicológico, enfrentando os problemas e conflitos internos que surgem por meio das interações com os outros, podemos aprofundar nosso autoconhecimento e promover uma mudança positiva em nossa vida.

À medida que nos esforçamos para mudar nossos pensamentos, emoções e ações, estamos contribuindo ativamente para a transformação da sociedade. Lembremos sempre que o mundo exterior é um espelho do nosso mundo interior. Ao buscar a harmonia e o equilíbrio em nosso interior, refletimos essas qualidades no ambiente ao nosso redor.

Portanto, para alcançar uma verdadeira mudança em nosso mundo, devemos começar por nós mesmos. Ao nos transformarmos internamente, impactamos positivamente nossa própria vida e influenciamos o mundo à nossa volta. Lembremos sempre da interconexão entre o mundo exterior e o mundo interior, e do poder que temos de criar uma realidade mais harmoniosa e amorosa por meio das nossas escolhas e ações.

Que possamos abraçar essa jornada de autodescoberta e transformação, reconhecendo o potencial de mudança que reside dentro de cada um de nós. Ao unir os aspectos do corpo físico, das relações sociais e do autodesenvolvimento, estaremos trilhando o caminho para uma vida mais plena, significativa e em harmonia com o mundo ao nosso redor.

A Vida é uma Lei Natural caracterizada pela sucessão de fatos que ocorrem em um determinado espaço de tempo. No entanto, a vida mecânica em que o ser humano se encontra é uma sucessão de eventos e estados mecânicos que conduzem a humanidade ao seu fim. Mas existe um Caminho que nos permite sair dessa mecânica da vida e buscar a integração com a Poderosa Divindade EU SOU.

No Caminho, libertamo-nos das leis mecânicas da natureza. Aprendemos a eliminar em nós a natureza inferior e a nos fundir com a natureza superior. É necessário percorrer essa Senda com equilíbrio, ou seja, continuar vivendo a vida, cumprindo com aspectos familiares, econômicos, sociais, entre outros, mas sem nos identificarmos ou nos fascinarmos completamente com eles. Em vez disso, aproveitamos sabiamente essas experiências para subir nessa linha vertical que é o caminho. Dessa forma, mantemos um equilíbrio entre o Caminho e a Vida.

Podemos aproveitar todas as circunstâncias da Vida, sejam elas adversas ou favoráveis, para extrair a luz que iluminará nosso caminho. O Sábio aprende até mesmo com aquele que nada sabe. O Caminho da Auto-Realização é uma senda cheia de perigos, tanto internos quanto externos, repleta de mistérios indizíveis.

No Caminho, o que parece estar indo muito bem na realidade pode estar indo muito mal, e vice-versa. Aprendemos a produzir uma mudança interna que altera nossa forma de pensar, sentir e agir. O Caminho é representado pela linha vertical, enquanto a Vida é representada pela linha horizontal. Aqueles que desejam sair da mecânica da vida ingressam no Caminho.

Essa jornada é percorrida por pessoas que, em determinado momento, pararam e se questionaram sobre o propósito real de viver nesse mundo conturbado, cheio de maldade, dor, sofrimento e estados psicológicos negativos. Estão nesse caminho os Rebeldes inteligentes, cuja revolução é interior, que sentem inquietudes espirituais e uma força interior que os impulsiona a buscar uma superação moral, psíquica e espiritual.

A Vida surge quando nascemos e se desenrola desde o nascimento, crescimento, reprodução até a morte. No entanto, se nos limitamos apenas a viver na vida mecânica, não alcançaremos nenhum objetivo significativo. Tudo o que aprendemos, todos os títulos que conquistamos, todo o poder que acumulamos, tudo isso é consumido pela Morte.

Na vida, as pessoas vivem fascinadas com suas ocupações, dinheiro, poder e beleza, acreditando que isso é tudo. No entanto, quando chega o momento da morte, elas partem sem terem se tornado donas de si mesmas. Essa linha horizontal é destinada às pessoas comuns, por onde todos seguem. Essa força leva a humanidade a uma queda nos aspectos material, moral, psíquico e espiritual. Os eventos exteriores são reflexos do que carregamos interiormente, nossos defeitos de natureza psicológica.

Ao sair da linha horizontal, nos liberamos das leis mecânicas da natureza, como a Lei do Retorno, do Karma, dos Opostos, dos Acidentes, da Recorrência, entre outras. Necessitamos de uma mudança radical na raiz, e essa transformação só é possível por meio da Revolução da Consciência. Nessa revolução, aprendemos a cumprir as leis divinas.

Muitas pessoas buscaram e percorreram esse caminho ao longo da história. Nos livros sagrados, encontramos o drama de muitos indivíduos que passaram por esse processo, deixando suas pegadas esculpidas na montanha sagrada do caminho.

Esse caminho é vivido na prática dos Três Fatores da Revolução da Consciência. São esses fatores que nos libertam das leis mecânicas da natureza. Eles nos permitem nascer, formar os corpos solares, eliminar todos os nossos defeitos e sacrificar-nos pela humanidade, oferecendo auxílio e ajuda aos outros.

“Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” disse o Mestre Yeshua Há’Meshiach. Cada indivíduo precisa percorrer o caminho por si mesmo. Muitos foram aqueles que o percorreram e nos apontaram a direção, mas cada um deve fazê-lo por si só, pois depende de um esforço interno.

Reconhecemos aqueles que seguiram e seguem o caminho pelos frutos que produzem. Conhecemos a árvore pelos seus frutos. O caminho da sabedoria não consiste em acreditar, não acreditar ou duvidar. Consiste em investigar, analisar, meditar e experimentar.

A verdade é o desconhecido de momento a momento. A verdade não tem relação com o que alguém acredita ou deixa de acreditar, nem com o ceticismo. Não é uma questão de aceitar ou rejeitar. A verdade é uma questão de experimentar, viver e compreender.

A Vida é uma sucessão de eventos regidos por leis naturais, mas a vida mecânica na qual nos encontramos leva-nos ao fim. O Caminho é uma jornada para sair dessa mecânica e buscar a integração com o divino. Nele, libertamo-nos das leis mecânicas da natureza, equilibrando o Caminho e a Vida. Através da Revolução da Consciência, buscamos uma mudança radical, cumprindo as leis divinas e percorrendo os Três Fatores da Revolução da Consciência. Cada indivíduo deve trilhar esse caminho por si mesmo, investigando, meditando e experimentando a verdade em sua jornada rumo à auto-realização.

Portanto, que cada um de nós, com coragem e determinação, se lance nessa jornada interior em busca da verdade e da realização espiritual. Que possamos encontrar equilíbrio entre o Caminho e a Vida, aproveitando todas as circunstâncias para nosso crescimento e iluminação. E que, ao longo desse percurso, encontremos a sabedoria e a plenitude que tanto anelamos, transcendendo as limitações da existência mecânica e alcançando a integração com a Grande e Poderosa Presença EU SOU do Todo Poderoso Deus Criador, Mantenedor e Renovador.

--

--

Jp Santsil

Onde me manifesto… sou como o entardecer, onde o vento passa ao silêncio da morte e as árvores vibram ao ver passar. Se não me manifesto… no nada tudo serei.