Lastro
Sentado no lastro do lado do lago
Me vejo subindo, pulando caindo
Em um sentimento de um momento que embora esquecido
Emergiu da visão de algo esquisito.
Algo sem nexo que me deixou perplexo
Algo sem alma que no fundo me acalma
Algo do coração que me prendeu atenção.
Lembrança de um pobre sujeito
Que lhe rompera o peito
Que lhe rasgara a calma
Que lhe tampara a cara
Que mergulhara a alma.
E assim me afundei fora do lago do lado do lastro
Pesando o compasso do coração machucado
De uma bela tristonha visão que me deixou estagnado
De um tosco sentimento vazio que me deixara pasmado.