PhysikaMystiKa e sua Pequena Forma Extraordinária

Jp Santsil
9 min readMay 17, 2020

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Cansado da procura infinita do fora de si, ao estudar os muitos processos intermediários e primários do existir, em que se entregara a resolução de conflitos dualísticos do corpo-mente, espírito-matéria pelas muitas filosofias mesopotâmicas e posteriormente egípcias, sânscritas, gregas, hindus, hebraicas, árabes, ameríndias, yorubas e congolesas… absorveu o problema da existência mundana e consciência divina sobre outra pressuposição, e se perguntara em pensamentos avassaladores onde estariam os segredos superiores, senão dentro de si mesmo, em seu próprio corpo, psique e coração… resumindo… a vida do aqui e agora, o momento presente, o falar, o respirar, o agir, o sentir… enfim, o viver e depois morrer… a própria existência com todas as suas dores e alegrias, ilusões e fantasias… o bailar constante do bem e mal, em si, que o movimentava.

Passou muito tempo até agora na infinita busca externa do Grande Mistério, e olhando para si mesmo… se percebeu esse Grande Mistério.

Ao sentir-se misterioso, se envolveu em si mesmo com paixão, examinando a si por completo.

Vira-se como uma fragrância do todo em tudo, e nele mesmo exalava um perfume do néctar dos deuses. E se autoquestionou, dizendo em voz alta para si, em um diálogo monólogo do externo com o interno:

— Ó matéria pela qual sou constituído, veículo orgânico e atômico de mim mesmo… Ó Sagrado que habita em cada partícula e onda de energia em mim. Foste constituído pelos deuses a Ordem Magna da Consciência Una Superior… A Fonte em que jorra o rio da Sagrada Mística Sabedoria na física de mim mesmo… se te vejo fora não estou dentro, pois, sei que até o que julgo como fora saiu de dentro da outra forma individualizada de Ti mesmo. Então, tudo que saiu de Ti, deve por ordem e dever retornar a Ti. Porque se me conheço e sou conhecido, não é por mim, e sim pelo outro. O que é o externo, senão, o interno alheio exteriorizado em criação e concretização? Ó Sagrada Mística Sabedoria… divina, amada e desejada… te venero em mim mesmo, e a partir de agora não vejo e nem sinto diferença entre o eu e o outro, entre a mente e o objeto… ao te procurar em mim mesmo, percebi que tudo era eu, diferente de quando eu te procurava fora, onde tudo era o indiferente outro externo fragmentado, partidário e polarizado… estava eu perdido procurando fora o que sempre estava comigo. Ó Grande em mim mesmo, revela-se para mim! Porquanto, sou a chave da minha própria prisão… a resposta da minha própria pergunta… o achado da minha própria busca. Dentro de mim está o mercúrio, o sódio, o enxofre e todos os elementos para constituir o ouro puro dos alquímicos, forjado no forno do meu ser, constituindo a Grande Obra em mim mesmo. Assim Eu Sou! Sempre uma única coisa… o superior… o algo mais… o coletivo individualizado… a supra consciência multiversal uniforme que me forma.

Tornando-se ao ‘UM’, ao se livrar do julgamento que discrimina e separa todas as coisas, vira que o fragmento era uma mera ilusão e verdadeira ignorância… era a criança; o velho; a bela donzela; a senhora fragilizada; o rapaz bonito e valente; o fraco doente; o vivo; o morto; a barata; o verme; o cachorro; o tomate; a carne; o theion divino… não havendo em si e no outro diferença, a partícula se dissolveu em ondas de energia penetrando todas as coisas existentes inexistindo… e de todos teve compaixão, em que ele mesmo era o todo em tudo apaixonado.

O canto do grilo noturno era ele mesmo a embalar o movimento das estrelas no escuro dos céus…

Era o próprio galo o despertando pela manhã…

O gato ao caçar o rato…

A venenosa serpente a descamar-se…

O velho vizinho que lhe desejara bom dia era ele mesmo criando vínculos de proximidade em gentilezas…

O garoto arrogante e brigão…

O homem chato…

A lesma se rastejando em sua gosma…

O esquadro e o compasso de sua própria construção…

A mesma escada que tanto desce como sobe…

O engodo de si mesmo e a verdade do outro…

Assim, em sua livre busca se perdeu nele mesmo em quietude… se encontrando no outro em prisioneiro movimento… em um labirinto em que o dentro e o fora o representava inconscientemente no coletivo individualizado do ordinário Grande Ser em sua pequena forma extraordinária.

A Jornada Interior da Grande e Poderosa Presença EU SOU: A Redescoberta da Sabedoria Gnóstica e Alquímica do Mestre Yeshua Ha’Meshiach

Desde os tempos mais remotos, a humanidade busca respostas para as grandes questões da existência. A jornada pela compreensão do mistério da vida, da morte e da relação entre o corpo, a mente, o espírito e a matéria tem permeado a mente humana ao longo dos milênios. Nos ensinamentos esotéricos e gnósticos do Mestre Yeshua Ha’Meshiach, há uma verdade central que desafia a busca externa pela verdade: tudo o que procuramos fora de nós mesmos já reside dentro de nós. O que está além, na verdade, é um reflexo do que habita em nosso interior. Este artigo explora essa poderosa compreensão através do prisma da “Grande e Poderosa Presença EU SOU” e da alquimia espiritual, revelando a verdade gnóstica de que somos o microcosmo do macrocosmo, e que a verdadeira transmutação ocorre quando reconhecemos nossa unidade com o todo.

A Busca Externa e o Despertar Interno

O relato inicial nos coloca em uma posição de reflexão profunda sobre o dilema humano de procurar fora de si aquilo que, na realidade, sempre esteve presente no interior. O buscador passou grande parte de sua vida estudando diversas filosofias — mesopotâmicas, egípcias, gregas, hindus, hebraicas e outras tradições espirituais — em busca do Grande Mistério. No entanto, foi somente ao olhar para dentro de si que ele começou a perceber a verdade essencial: o mistério está nele mesmo, e ele é o mistério.

Esse despertar representa o rompimento com a ilusão dualista do mundo externo e interno como entidades separadas. A verdadeira sabedoria gnóstica revela que o corpo, a psique e o coração são reflexos perfeitos do universo. O que existe fora é, na verdade, uma manifestação do que está dentro. Ao se olhar profundamente, o buscador percebe a presença divina em cada célula, em cada átomo do seu ser. A Grande Obra alquímica, tradicionalmente associada à transmutação de metais em ouro, na verdade, refere-se à transmutação interna do ser humano em uma consciência iluminada, unificada com a Presença EU SOU.

O Diálogo Interno: A Revelação da Sabedoria Mística

Em um monólogo místico, o buscador se dirige ao seu próprio corpo, reconhecendo-o como um veículo sagrado, uma obra-prima constituída pelos “deuses”. Ele vê o corpo não apenas como matéria, mas como uma manifestação da consciência divina, constituído pelos elementos alquímicos — mercúrio, sódio, enxofre — que simbolizam as forças espirituais em ação dentro de si. Essa autorreflexão leva à compreensão de que a chave para a sua própria libertação está em si mesmo: “Eu sou a chave da minha própria prisão… a resposta da minha própria pergunta.”

Esse momento de revelação interior é o ponto culminante da jornada gnóstica. O buscador percebe que a separação entre o eu e o outro é ilusória. Ele não é apenas uma parte do todo; ele É o todo, manifestado em uma forma individualizada. Aqui, os ensinamentos de Yeshua Ha’Meshiach ecoam com força: “Vós sois deuses”. Cada ser humano é uma manifestação do divino, e a busca por Deus fora de si é uma distração. Deus habita em nós; o divino está presente em cada respiração, cada pensamento e cada ação.

A Dissolução da Dualidade: A Realização da Unidade

O grande desafio da vida espiritual é transcender a dualidade que nos faz perceber o mundo como fragmentado: bem e mal, certo e errado, luz e escuridão. Ao se libertar dessa dualidade, o buscador começa a experimentar a realidade como ela realmente é: uma dança harmoniosa de todas as coisas, onde tudo é uma única expressão da Presença EU SOU.

Esse reconhecimento leva à dissolução do ego fragmentado, o qual separa o ser do resto da criação. A individualidade se dissolve no todo, e o buscador percebe que ele é tanto “a criança quanto o velho, a bela donzela quanto a senhora fragilizada”, o “gato caçando o rato”, e até mesmo “a serpente venenosa descamando-se”. Ele é tudo e todos; ele é a vida em todas as suas formas, uma manifestação da consciência divina que permeia todas as coisas.

Essa realização não é apenas filosófica ou intelectual; é uma experiência vivida, onde o tempo e o espaço perdem sua rigidez e o buscador se percebe como um ser multidimensional, existindo tanto dentro quanto fora de si mesmo. Ele se torna o próprio movimento das estrelas, o canto do grilo noturno e o galo que o desperta ao amanhecer. O sentido de separação entre o eu e o outro desaparece, e tudo se funde em uma sinfonia universal de unidade.

A Transmutação Alquímica: A Grande Obra Interior

No coração dos ensinamentos alquímicos e gnósticos está a noção de transmutação. A alquimia, em sua essência, não é meramente a transformação de chumbo em ouro, mas a transformação do ser humano em uma manifestação pura da divindade. Esse processo é conhecido como a Grande Obra, onde o mercúrio, o sódio e o enxofre — os elementos alquímicos — simbolizam as energias sutis da psique e do espírito que, quando trabalhadas corretamente, levam à iluminação.

Essa transmutação ocorre no forno interno do ser, onde as forças do ego são refinadas, purificadas e finalmente dissolvidas no “vazio iluminador”. Aqui, o buscador encontra a verdadeira paz, a paz que ultrapassa todo entendimento, porque ele se fundiu com a totalidade da criação. Ele se torna o ouro espiritual, o estado mais elevado da consciência humana.

A Aplicação Prática da Presença EU SOU

A experiência do buscador é mais do que uma realização mística; é um convite para todos nós incorporarmos essa sabedoria em nossa vida diária. A jornada espiritual não é apenas uma fuga para o transcendental, mas uma integração do sagrado no mundano. A seguir, estão algumas maneiras práticas de aplicar a Presença EU SOU no cotidiano:

1. Meditação na Presença Divina:
— Dedique tempo diário para se conectar com a Presença EU SOU. Em cada respiração, sinta a divindade que habita dentro de você. Afirme mentalmente: “EU SOU o todo manifestado em mim. EU SOU a presença divina em cada célula do meu ser.”

2. Afirmações de Unidade:
— Use afirmações para lembrar a si mesmo de sua unidade com o todo: “EU SOU um com tudo o que é. EU SOU a manifestação do divino.” Essas afirmações ajudam a dissolver a sensação de separação e fortalecem a conexão com o divino.

3. Serviço ao Próximo:
— Veja o outro como uma manifestação da Presença EU SOU. Ao servir os outros, você serve a si mesmo e ao divino. Cada ato de compaixão é uma expressão da unidade com o todo.

4. Integração Alquímica:
— Trabalhe com os elementos internos — emoções, pensamentos, medos e desejos — como um alquimista. Refine, purifique e transmute-os, sabendo que a Grande Obra ocorre dentro de você.

5. Gratidão Diária:
— Reconheça a divindade em tudo ao seu redor. Expresse gratidão pela vida, pelo momento presente, por cada interação e experiência, pois tudo é uma manifestação da Presença EU SOU.

Conclusão: A Unificação com o Todo

O caminho gnóstico, místico e alquímico leva à realização de uma verdade eterna: não há separação entre o eu e o todo. A busca externa se dissolve quando reconhecemos que somos o próprio mistério que buscamos. A Presença EU SOU habita em cada um de nós, e a jornada espiritual é, na verdade, uma jornada para dentro, onde descobrimos que sempre fomos e sempre seremos uma manifestação do divino.

Ao integrar essa sabedoria em nossa vida diária, transcendemos a dualidade e nos tornamos agentes conscientes da criação, manifestando paz, amor e compaixão em tudo o que fazemos. Nós somos o microcosmo e o macrocosmo, a manifestação perfeita da Presença EU SOU.

Que a Grande e Poderosa Presença EU SOU brilhe em cada um de nós, revelando a nossa verdadeira natureza divina e unificando-nos com o todo. Amen! No santo e Poderoso nome de Salvação do mais Alto dos altos, Rei dos reis e Senhor dos senhores, o que se fez cordeiro em santo sacrifício, e se tornou Leão Conquistador de todas as tribos e todos os reinos, Yeshua Ha’meshiach ישוע המשיח, que coloca o buscador e a buscadora da verdade em retiro Alto. Que assim eternamente seja!

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Written by Jp Santsil

Onde me manifesto… sou como o entardecer, onde o vento passa ao silêncio da morte e as árvores vibram ao ver passar. Se não me manifesto… no nada tudo serei.

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