POEMAS, POETAS, POESIAS
Vozes, vozes, vozes…
Há mil, milhares de vozes
Querendo muito dizer, sem nada entender
Sussurros, sussurros, sussurros…
Vozes em tom muito baixo
Cochichando a vida alheia, no furo da orelha
Gritos, gritos, gritos…
Vozes em tom muito alto
Desespero de um ser irritado, ruído de pirado
Vozes, vozes, vozes…
Baixo ou alto
Grave ou agudo
Muito ou pouco
Tudo ou nada
Pronunciando inúmeras, inúmeras palavras
Palavras, palavras, palavras…
Flechas lançadas pelo arco boca
Erguidas por braços fortes e abraços construtores da Imaginação
Benditas por santos guerreiros denominados Sentimentos
Irradiadas e intensificadas pelos sacerdotes das Emoções
Emoções, emoções, emoções…
Ações e inspirações do bem-mal de um indivíduo
Possuído de sensibilidades em suas metas
Que tem o dom de aprisionar e perpetuar
Um momento de alegria ou tristeza
Nas entrelinhas de uma folha de papel
Suposições de tudo que há na terra ou no céu
Fontes de energia de todos aqueles chamados Poetas
Poetas, poetas, poetas…
Homens e Mulheres revolucionários, evolucionários e nacionalistas por natureza
Mobilizados pela arte de transformar o mundo
Seres combatentes que vertem sangue. Tocam fundo!
Com suas poderosas espadas esferográficas
Com suas eficientes catapultas de datilografar
Ou na tela atômica caleidoscópica do seu radioativo computador
Causando diversas ideias no preenchimento do vazio de algum lugar
Com os mais variados temas: sobreposições e sobrexposições
Revelando beleza no invisível atraente
Despertando Amor na pessoa inocente
Gritando protestos no sistema indigesto
Dizimando saudades no viajante que parte
Seduzindo corações rancorosos com os mais lindos poemas
Poemas, poemas, poemas…
Refletido ao coração pela anarquia de uma invasão de pensamentos-sentimentos
Instrumentos inimigos do aliado tempo
Realidade amante do Engodo e mera Fantasia apaixonada da Verdade
Que passeia nos campos floridos da criatividade
De todos aqueles, ou destas poetas
Que plantam e nem sempre colhem felicidades
Despindo a mentira, encobrindo a verdade
E que fazem da poesia sua única e doce liberdade