QUILOMBO MODERNO

Jp Santsil
1 min readDec 14, 2019

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Quilombo… favela… favela… quilombo
O quilombo? A favela!
O quilombo é a favela?
A favela é o quilombo?

O tempo passou… nada mudou
Ou será que piorou?

Vá em frente escravo!
Esconda-se do chicote do capitão-do-mato

Vá em frente operário!
Esconda-se do revólver do soldado

Na senzala escravo estão te servindo angu

No barraco operário sirva-se de osso nu

A abolição escravo será que é a solução?

O aumento do salário operário será que diminui a inflação?

Por que escravo te chamam de mulato?

Por que operário te compram tão barato?

Escravo, escravo… vamos!
Fuja para o quilombo e encontre proteção

Operário, operário… olhe!
A saída da favela é a sua ambição

Operário… escravo!
Soldados… capitães-do-mato!
O que mudou… nada mudou!
Ou será que piorou?

O operário simplesmente não passa de um escravo, do passado que não passa, de um presente que se fixa. Socialmente alienados, acomodados e estagnados pelos burgueses… pelos soldados… pelos feitores da política.
Nessa Casa Grande e Senzala… capitalista.

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Jp Santsil
Jp Santsil

Written by Jp Santsil

Onde me manifesto… sou como o entardecer, onde o vento passa ao silêncio da morte e as árvores vibram ao ver passar. Se não me manifesto… no nada tudo serei.

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