TOMANDO CAFÉ
Possa eu filosofar e falar das coisas da vida
Das coisas que julgo ser importante
Do simples ato de escrever levando a boca um gole de café
E pensar em ser feliz
Ao lado de uma doce, meiga e fiel companheira
Possa eu filosofar e tomar outro gole de café
Pensando no momento presente
De simplesmente escrever por escrever
Para ter o que fazer
Por não ter o que fazer
Possa eu filosofar e não dar mais nenhum gole no café
Sentir o gosto amargo da saliva enraizada na cafeína
E saber que a realidade não é uma coisa fixa e mórbida
Apenas um ponto de vista
Possa eu filosofar e querer dar outro gole no café
E pensar se falo ou não falo!
Se escrevo ou não escrevo!
(ah! vou relatar…rs…rs…rs…)
Do mal cheiro do “gás venenoso” que liberei
Que agora me roubou a atenção (bastardo!)
Possa eu filosofar e me coçar depois de dar três goladas em meu café
E no momento relaxar por liberar outro gás
E pensar no propósito que parei para escrever
(…escrever sobre o que ela acha de mim…)
No momento me falta inspiração
A única coisa que posso dizer
É que a desejo como desejo neste momento
Terminar meu café que encontra-se agora frio
Possa eu filosofar e dizer que acabei de tomar o meu café
E lembrar dos abraços amorosos cheios de intenção
Das indiretas totalmente diretas que dela recebi
Dos gritos estridentes de tua doce garganta
Da emoção que ela sentiu ao me ouvir pela primeira vez ao telefone
E por me evitar nas horas que tanto me desejava
Possa eu filosofar e te desejar
Quem sabe até te amar
Sabendo que talvez nunca poderei te tocar
Possa eu apenas filosofar!