TRISTE EXISTÊNCIA
Sentada na beira da estrada
A menina tristemente começa a pensar
Pensa na vida que leva
Na cruz que carrega
Na monotonia daquele lugar
Com os pés descalços, sujos e maltratados
Ela acredita em um dia ser feliz
Apesar de ser tão nova, tão menina!
Em meio a tal preocupação sua infância começa a extinguir
Imóvel, calada e com o olhar fixo
A sua cabecinha procura uma resposta, uma solução!
Naquele silêncio que parece um tormento
Os seus pensamentos vão mutilando o coração
A tristeza que resplandece em seu olhar
É tão triste que a faz chorar
A tristeza que martela em seu pensar
É tão triste que a faz calar
A menina sentada na beira da estrada
Parece não ligar, nem se importar
Com as pessoas que passam…
Com os carros que arrastam…
A poeira em seu triste olhar